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A nova lógica do marketing: da atenção ao valor, da pressa à inteligência.

  • Foto do escritor: Luís Eduardo Paravato
    Luís Eduardo Paravato
  • 29 de jul.
  • 5 min de leitura

Existe uma pergunta que volta e meia aparece em conversas com clientes, colegas e até em entrevistas com a imprensa:

Luís, a LGPD atrapalhou o marketing?


Minha resposta costuma ser a mesma: Não. A LGPD não atrapalhou. Ela freou a preguiça.


Mas antes de explicar por que penso assim, quero te convidar a olhar para uma mudança maior, uma transformação silenciosa que está acontecendo embaixo dos nossos olhos. Ela não está nos gráficos de alcance, nem nos relatórios de campanha, mas no comportamento das pessoas. E quando o comportamento muda, o marketing precisa mudar também.


Uma canoa com um homem vestido de azul remando para um lado e uma mulher vestida de vermelho remando para outro.

Uma mudança que começa pelo comportamento

Hoje em dia, ninguém decide uma compra com base em um único anúncio ou em um canal isolado. Pense em como você mesmo age quando precisa resolver um problema ou comprar algo importante. Você pode:

  • Ouvir falar de uma solução em um podcast;

  • Pesquisar no Google no meio do dia;

  • Ser impactado por um post no Instagram à noite;

  • E só tomar uma decisão quando recebe um PDF no WhatsApp, dias depois.


Isso acontece o tempo todo. Porque o nosso comportamento, como consumidores, profissionais, líderes, se tornou fragmentado, multitela, cheio de pausas, retornos e dúvidas.

É um processo não linear, onde a atenção se divide e o tempo é cada vez mais escasso.

Agora, pergunte-se: por que o seu marketing ainda está tentando operar como se o consumidor estivesse esperando em fila, com tempo livre e pronto para ser interrompido?

 

Não é sobre canal. É sobre jornada.

Uma das armadilhas mais comuns em estratégias de marketing hoje é a busca obsessiva pelo chamado “canal ideal”.


É quando uma empresa decide que vai concentrar esforços no Instagram, ou no LinkedIn, ou no Google, acreditando que aquele será o local onde tudo vai funcionar. Onde os clientes estarão prontos, o retorno será automático, e a concorrência será menor.

A realidade não funciona assim.


As pessoas não vivem em canais. Elas vivem jornadas.

Elas transitam por diferentes plataformas, formatos, horários e dispositivos. O papel do marketing não é escolher um canal “melhor” e sim, qual função cada canal tem em cada camada da jornada do cliente.

  • Um anúncio no TikTok pode despertar o interesse.

  • Um artigo no LinkedIn pode gerar credibilidade.

  • Um e-mail bem escrito pode fazer a pessoa dar o próximo passo.

  • Uma conversa no WhatsApp pode fechar um negócio.


O marketing estrutura um ecossistema, onde cada interação tem um papel, e todos eles conduzem a um mesmo destino: valor percebido.

 

A LGPD e o fim da era da interrupção

E é aqui que a LGPD entra. Porque ela não veio para impedir isso, veio para qualificar esse processo.

Antes da LGPD, era muito comum “comprar” listas de e-mails, segmentar públicos com base em qualquer dado disponível, disparar campanhas para gente que nunca ouviu falar do seu produto.


Era o marketing da interrupção: forçar uma mensagem na tela de alguém e torcer para dar certo.

A LGPD exige que o dado seja cedido de forma consciente. Que o usuário diga, com clareza, que quer ouvir sua marca.

Isso muda tudo.


Agora, o dado que você coleta não é só um número. É uma relação. E toda relação começa com uma troca: o que você oferece em troca da atenção e do tempo da pessoa?

Se sua resposta for só “um desconto”, talvez você não esteja construindo uma marca. Talvez só esteja comprando atenção temporária, o que nos leva ao próximo ponto.

 

Atenção não se compra. Se conquista.

É tentador acreditar que basta investir mais em mídia paga para ser visto.

E durante um tempo, isso até funcionou.

Mas com o aumento da concorrência, do volume de conteúdo e da desconfiança das pessoas, a atenção virou um recurso escasso. E o custo por cliques, visualizações e interações sobe cada vez mais.


O problema não é só de orçamento. É de estratégia.

Atenção hoje não é uma linha de custo. É consequência da relevância.

Relevância acontece quando você entrega valor antes mesmo de pedir algo em troca. Quando entende o contexto da pessoa e aparece com a informação certa, no momento certo.

É por isso que o marketing que grita não é o que vence. O que vence é o marketing que entende.


Você está gastando… ou investindo?

Aqui entra uma das discussões mais importantes: a forma como a empresa lida com o orçamento de marketing.

Muita gente trata o marketing como uma obrigação contábil. Uma verba que precisa ser gasta até o fim do mês, para não “sobrar”.

Nesse modelo, o foco vira relatório. Relatório de cliques, de alcance, de curtidas. Mas e o impacto?


Gastar é executar ações com começo, meio e fim. É o post bonito que gera likes, mas não move a receita.

Investir é operar com visão de portfólio. É entender que cada ação precisa ter um propósito:

  • Essa campanha ajuda o cliente a entender melhor nosso produto?

  • Essa comunicação educa nosso mercado?

  • Esse canal está contribuindo para gerar demanda de qualidade?

Não é sobre gastar mais. É sobre gastar com inteligência.


Mas o que significa investir em marketing com inteligência?

Vou explicar com dois conceitos simples, mesmo que você não conheça os termos técnicos:

  • Custo de Aquisição de Cliente (CAC): é quanto você gasta para conquistar um novo cliente. Pode incluir mídia, equipe, ferramentas, etc.

  • Valor do Tempo de Vida do Cliente (LTV): é quanto, em média, esse cliente traz de receita ao longo da relação com sua marca.


Quando uma empresa investe em marketing com inteligência, ela busca sempre diminuir o CAC e aumentar o LTV. Ou seja, gastar menos para vender mais, e manter o cliente por mais tempo.

Como se faz isso? Criando um ecossistema que:

  • Atrai com conteúdo útil, e não só com propaganda;

  • Engaja criativamente, não com promessas exageradas;

  • Constrói confiança antes da venda;

  • E mantém essa relação viva depois da conversão.


É um processo. E ele não acontece por sorte. Acontece por estrutura.


Dados não são relatórios. São inteligência.

Muitas empresas estão inundadas de dados, mas sem saber o que fazer com eles.

Acumulam dashboards, plataformas, relatórios com gráficos coloridos, mas continuam decidindo com base em achismos.

A maturidade digital de uma empresa não está em quantas ferramentas ela tem, mas em como ela usa os dados para tomar decisões melhores.


Na Kronos Experience , o que temos feito com os nossos clientes é transformar o dado bruto em aprendizados históricos. Não para mostrar que a campanha “foi bem”, mas para entender:

  • O que precisa melhorar na próxima?

  • Qual conteúdo gerou mais confiança?

  • Onde há atrito na jornada?

É esse ciclo de aprendizado que diferencia uma operação que cresce de uma que só “gira”.


Em resumo: o que mudou no marketing?

  • A atenção ficou mais cara e mais valiosa;

  • O dado agora vem de pessoas que confiam em você;

  • O marketing precisa parar de interromper e começar a educar;

  • O foco saiu dos cliques e voltou para o contexto;

  • E investir passou a ser mais importante que gastar.


Essa não é uma mudança superficial. É uma mudança de mentalidade.

📱 WhatsApp: (11) 91414-0321

 
 
 
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